sábado, 7 de janeiro de 2012

Hoje é dia de Santo Reis, assim falou Jacaré


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Samba Choro em homenagem a São Sebastião

Sábado - 21 de janeiro
de 19 às 23 horas
na esquina do Jacaré

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uma poesia de Joaquim Cardozo Campos - 1942


Está chovendo sobre o mundo, Mariana.
Todas as portas se fecharam.
Todas as luzes se apagaram.
Todas as vidas se abismaram.
Está chovendo sobre o mundo.
Estou só, sem destino e sem abrigo.
Vejo a noite descer, cada vez mais negra, sobre a minha cabeça,
Sinto a água correr, cada vez mais fria, ao longo do meu corpo.
Como está chovendo sobre o mundo!
Onde estás? Onde estás, Mariana?
Quero te ver, quero te achar, quero te conhecer,
Quero que estejas perto de mim, Mariana,
Quando a luz surgir de novo, quando amanhecer,
E o primeiro sol nascer
Sobre o dilúvio.
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Jacaré ontem estve envolvido com mirra, incesso e ouro e por isso somente hoje faz a festa de Santo Reis convocada pelas jacarenses Sheila, Sônia e Rachel com romã na vodcka russa e dizem o Cossaco veio à festa, a conferir

primeiro veio Tim Maia

Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquecido
Mas é o dia da festa
De Santo Reis
Hoje é o dia de Santo Reis
Anda meio esquisito
Mas é o dia da festa
De Santo Reis...

Eles chegam tocando
Sanfona e violão
Os pandeiros de fita
Carregam sempre na mão
Eles vão levando
Levando o que pode


Se deixar com eles
Eles levam até os bodes...

É os bodes da gente
É os bodes, mééé
É os bodes da gente
É os bodes, mééé...

Depois Gonzagão trouxe o Cossaco p'ra dançar pagode russo

Ontem eu sonhei que estava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Parecia até um frevo naquele cai e não cai
Parecia até um frevo naquele vai e não vai
Vem cá cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora

Não foi à toa que nossa reportagem apontava que Jacaré passaria por Recife atrás de uma holandesinha, pois não é que Luiz Gonzaga trouxe a notícia na cifra de um frevo



Dá-lhe Capiba no Trombone de Prata

Ouvi dizer que o mundo vai-se acabar,
Que tudo vai pra cucuia,
O sol não mais brilhará.
Mas se me derem
Um bombo e uma mulata,
E um trombone de prata,
O frevo bom viverá.
Pode acabar a vergonha,
Pode acabar o petróleo
Pode acabar tudo enfim,
Mas deixem o frevo pra mim.



e ao cair da noite ouviu-se da holandesa para o Jacaré cheio de gáudio pois não existe pecado do lado de baixo do Equador

Deixa a tristeza prá lá
Vem comer, me jantar
Sarapatel, caruru
Tucupi, tacacá
Vê se me esgota
Me bota na mesa
Que a tua holandesa
Não pode esperar...

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