quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tupi or not tupi e Magritte saiu daqui, assim falou Jacaré

Assim será a festa de 10 de dezembro, sábado, pelo aniversário de Noel, 11

16 horas - lavagem musical da estátua de Noel

17 horas - saída da caminhada musical pela 28 de setembro em direção à esquina do Jacaré

19 horas - roda de samba choro na Visconde de Abaeté com Torres Homem

Isso é Vila Isabel !

Ao saber da possibilidadade da Risoleta desistir do francês, Magritte entendeu o que é surrealismo, foi embora frustado com o Manifesto Surrealista de seu amigo Breton que assim escreveu no manifesto:

" Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio pau a bandeira da imaginação"



Antes de partir, deixou um poema


Tenho na minha frente a fada de sal
cuja túnica recamada de cordeiros
desce até ao mar
Cujo véu pregueado
de queda em queda ilumina toda a montanha.

Ela brilha ao sol como um lustro de água iridiscente
E os pequenos oleiros da noite serviram-se das suas
unhas onde a lua não se reflecte
para moldar o serviço de café da beladona.

O tempo enrodilha-se miraculosamente detrás dos seus
sapatos de estrelas de neve
ao longo dum rasto perdido nas carícias
de dois arminhos.



Os perigos anteriores foram ricamente repartidos
e mal extintos os carvões no abrunheiro bravo das sebes
pela serpente coral que sem custo passa
por um delgado
filete de sangue seco
na lareira profunda
sempre sempre esplendidamente negra
Esta lareira onde aprendi a ver
e sobre a qual dança sem cessar
o crepe das costas das primaveras
Aquele que é necessário lançar muito alto para dourar
a mulher em cujos cabelos encontro
o sabor que perdera
O crepe mágico o sinete voador
do amor que é nosso.


Jacaré gostou do manifesto surrealista mas achou a redação muito chata e aí é que assustou mais as Oropa com o Manifesto Antropofágo, que tem humor de Oswald de Andrade

"Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.

Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.



Tupi, or not tupi that is the question."

e da Rádio Tupi veio Aracy com o Xis do problema definido por Noel Rosa

Nasci no Estácio
Eu fui educada na roda de bamba
Eu fui diplomada na escola de samba
Sou independente, conforme se vê

Nasci no Estácio
O samba é a corda e eu sou a caçamba
E não acredito que haja muamba
Que possa fazer gostar de você



Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá
E felicidade maior neste mundo não há
Já fui convidada para ser estrela do nosso cinema
Ser estrela é bem fácil
Sair do Estácio é que é o X do problema

Você tem vontade
Que eu abandone o largo de Estácio
Pra ser a rainha de um grande palácio
E dar um banquete uma vez por semana
Nasci no Estácio
Não posso mudar minha massa de sangue
Você pode ver que palmeira do mangue
Não vive na areia de copacabana

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jacaré convida Magritte para a festa de Noel Rosa

e, apresentando Vila Isabel ao pintor, Noel pediu à Elizete para cantar Até amanhã

Até amanhã se Deus quiser
Se não chover eu volto pra te ver
Oh, mulher!
De ti gosto mais que outra qualquer
Não vou por gosto
O destino é quem quer

Adeus é pra quem deixa a vida
É sempre na certa em que eu jogo
Três palavras vou gritar por despedida:
"Até amanhã! Até já! Até logo!"

O mundo é um samba em que eu danço
Sem nunca sair do meu trilho
Vou cantando o teu nome sem descanso
Pois do meu samba tu és o estribilho

Logo a seguir foram ver se os amantes se veriam no amanhã de novo


Ouviram de Mirabeau e Clara Nunes que a relação de amantes pode chegar à Obsessão

Você roubou meu sossego
Você roubou minha paz
Com você eu vivo a sofrer
Sem você vou sofrer muito mais

Já não é amor
Já náo é paixão
O que eu sinto por você
É obsessão

como a do cachimbo que insiste em não ser cachimbo




No final da conversa, Noel Rosa e João Nogueira disseram ao visitante para não fazer falseta na festa de 10 de dezembro para não ficar sem intérprete

O cinema falado é o grande culpado da transformação
Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez
Lá no morro, seu eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
A gíria que o nosso morro criou
Bem cedo a cidade aceitou e usou
Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote
Na gafieira dançar o Fox-Trote



Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição
Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny
Só pode ser conversa de telefone..

domingo, 27 de novembro de 2011

Jacaré de marchand à Kizomba passando pelo jazz com Noel Rosa

Nosso jacarense, Luciano Macedo, pintou com capricho esse azul e cinza, em têmpera sobre madeira: cores que descansam os olhos e formas que provocam a mente.



Jacaré veste-se de marchand e abre o leilão de arte, enviem suas propostas.

Vem também à página o azul da tranquilidade expressionista, como se a vida fosse rosa, de Mary Cassat, numa pintura do século XIX



Esse domingo está que é arte pura, dessa vez com a música e a cultura da festa do Jacaré na Kizomba de Rio das Ostras organizada pelos jacarenses Marcela e Aldo.



e falar Kizomba, é falar Vila Isabel e falar Luiz Carlos da Vila numa homenagem que tem a presença do jacarense Ivan Mobílio.

Valeu Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terras céus e mares
Influenciando a Abolição
Zumbi valeu
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jogo e Maracatu
Vem menininha pra dançar o Caxambu
Vem menininha pra dançar o Caxambu
Ô ô nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ô ô Clementina
O pagode é o partido popular
Sarcedote ergue a taça
Convocando toda a massa
Nesse evento que com graça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa constituição
Esta Kizomba é nossa constituição



Que magia
Reza ageum e Orixá
Tem a força da Cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o Apartheid se destrua
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o Apartheid se destrua
Valeu
Valeu Zumbi

Marcela e Louis Armatrong, num dia maravilhoso, avisam que valeu Zumbi e que o festival de jazz de Rio das Ostras entrará também na agenda oficial do Jacaré



Abrindo o leilão, fechando a página com seu humor sarcástico, Noel Rosa lembra que a festa na Vila do Jacaré será no dia 10 de dezembro, e que faltar é ... Quem dá mais?


Quem dá mais por uma mulata que é diplomada
Em matéria de samba e de batucada
Com as qualidades de moça formosa
Fiteira, vaidosa e muito mentirosa
Cinco mil réis, duzentos mil réis, um conto de réis!

Ninguém dá mais de um conto de réis?
O Vasco paga o lote na batata
E em vez de barata
Oferece ao Russinho uma mulata

Quem dá mais por um violão que toca em falsete
Que só não tem braço, fundo e cavalete
Pertenceu a Dom Pedro, morou no palácio
Foi posto no prego por José Bonifácio
Vinte mil réis, vinte e um e quinhentos, cinqüenta mil réis!



Ninguém dá mais de cinqüenta mil réis?
Quem arremata o lote é um judeu
Quem garante sou eu
Pra vendê-lo pelo dobro no museu.

Quem dá mais por um samba feito nas regras da arte
Sem introdução e sem segunda parte
Só tem estribilho, nasceu no Salgueiro
E exprime dois terços do Rio de Janeiro

Quem dá mais? Quem é que dá mais de um conto de réis?
(Quem dá mais? Quem dá mais? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!)

Quanto é que vai ganhar o leiloeiro
Que é também brasileiro
E em três lotes vendeu o Brasil inteiro?
Quem dá mais?

sábado, 26 de novembro de 2011

Covarde, sei que me podem chamar, salve Mario Lago!

Centenário de Mário Lago leva Jacaré a acordar cantando e gozando a vida



Atire a Primeira Pedra

Covarde sei que me podem chamar
Porque não calo no peito essa dor
Atire a primeira pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu por amor
Eu sei que vão censurar meu proceder
Eu sei, mulher
Que você mesma vai dizer
Que eu voltei pra me humilhar
É, mas não faz mal
Você pode até sorrir
Perdão foi feito pra gente pedir

Jacaré, lendo a Agenda do Samba Choro, convida também para hoje sábado, 26 de novembro,data do nascimento do artista, para o baile "Na Folia do Lago", no Cordão da Bola Preta, na Rua da Relação às 21 horas.

Vem chegando Amélia, a mulher de verdade... vamos nessa no balanço de um samba bom e Noel chega na segunda parte perguntando "quem é você"



Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher

Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade

Agora, é hora de baixar o livro Meia porção de sarapatel, de Mário Lago na página do concurso da marchinhas de carnaval que traz esse delicioso texto:



"Carioca exemplar, embora não fosse de praia. Disciplinado em tudo que fazia e praticante de toda sorte de molecagens. Erudito ao extremo, popular mais ainda. Avesso à grã-finagem e torcedor ardoroso do Fluminense Football Club. Boêmio convicto e trabalhador incansável."

Um amigo e parceiro comunista de Mário Lago, Luiz Carlos Prestes, vem também ao Jacaré nessa festa imodesta


Festa Imodesta
Chico Buarque

Minha gente
Era triste amargurada
Enfrentou a batucada
Pra deixar de padecer
Salve o prazer
Salve o prazer
Uma festa imodesta como esta
Vamos homenagear
Todo aquele que nos empresta sua festa
Construindo coisas pra se cantar
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
E o otário silência
Tudo aquilo que se dá ou não se dá
Passa pela fresta da cesta e resta a vida
Acima do coração
Que sofre com razão
A razão que volta do coração
E acima da razão a rima
E acima da rima a nota da canção
Bemol natural sustenida no ar
Viva aquele que se presta a esta ocupação
Salve o compositor popular.
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
E o otário silência
Tudo aquilo que se dá ou não se dá
Passa pela fresta da cesta e resta a vida
Acima do coração
Que sofre com razão
A razão que volta do coração
E acima da razão a rima
E acima da rima a nota da canção
Bemol natural sustenida no ar
Viva aquele que se presta a esta ocupação
Salve o compositor popular
Salve o compositor popular.

foto copiada da página AFINSOFIA


Jacaré saúda Mário Lago, compositor popular. Salve o prazer!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jacaré azara a vizinha, em Vila Isabel, e você sabe o porquê

Hoje Jacaré com Braguinha, Trio Iraquitan e Grande Otelo, numa cena do filme Garota Enxuta, canta a Catalunha e você sabe o porquê:




Eu fui às touradas em Madri
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri beijar Ceci.
Eu conheci uma espanhola
Natural da Catalunha;
Queria que eu tocasse castanhola
E pegasse touro à unha.
Caramba! Caracoles! Sou do samba,
Não me amoles.
Pro Brasil eu vou fugir!
Isto é conversa mole para boi dormir!

" Essa música foi cantada pela torcida na goleada de 6 x 1 do Brasil sobre a Espanha, no Maracanã na Copa de 50."

e como não podia de ser, Braguinha nasceu em Vila Isabel e o Maracanã fica em Vila Isabel

Azarando como sempre, dessa vez com Dorival Caymmi e Chico Buarque, Jacaré deu em cima da vizinha da madame e você sabe o porquê



A vizinha quando passa
Com seu vestido grená
Todo mundo diz que é boa
Mas como a vizinha não há
Ela mexe co'as cadeiras pra cá.
Ela mexe co'as cadeiras pra lá.
Ele mexe com o juízo
Do homem que vai trabalhar

Há um bocado de gente
Na mesma situação
Todo mundo gosta dela
Na mesma doce ilusão
A vizinha quando passa
Que não liga pra ninguém
Todo mundo fica louco
E o seu vizinho também

Lan

e como não podia deixar de ser, a de grená nasceu em Vila Isabel




P'ra não perder a viagem, Braguinha encontrou-se com Noel da esquina de Souza Franco com Teodoro da Sila e fizeram duas músicas. Oiçam:

Pastorinhas com Elizeth Cardoso e Radamés Gnatalli.

A estrela d'alva
No céu desponta
E a lua anda tonta
Com tamanho esplendor.
E as pastorinhas,
Pra consolo da lua
Vão cantando na rua
Lindos versos de amor.

Linda pastora,
Morena da cor de Madalena,
Tu não tens pena
De mim que vivo tonto com o teu olhar...
Linda criança,
Tu não me sais da lembrança.
Meu coração não se cansa
De sempre e sempre te amar.



e como ambos estavam com fome, foram ao Bar do Costa e fizeram mais essa no Prato Fundo

Se como tanto
Aprendi com a minha avó
Na minha casa
Só se come em prato fun-d-o-dó

A minha mana
Para esperar o almoço
Come casca de banana
Depois engole o caroço
E o meu titio
Faz vergonha a todo instante
Foi ao circo com fastio
E engoliu o elefante

A minha tia
Já engoliu uma fruteira
Estou vendo ainda o dia
Que ela almoça a cozinheira
E depois disso
Leva sempre a dar palpite
Toma chumbo derretido
Para abrir o apetite

Meu bisavô
Que era um índio botocudo
Devorou a tribo inteira
Com pajé, cacique e tudo
E a minha avó
Que comia à portuguesa
Reduziu dois bois a pó
E inda quis a sobremesa

na voz de Almirante que, como não podia deixar de ser, é cria de Vila Isabel

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Noel avisa : isso é hipocrisia

Navegando, pois é preciso, Noel Rosa viu a foto da mulher egipcia que protestou contra a discriminação sexual, dentre outras, distribuindo sua foto nua na internet

Ao continuar a navegação, Noel deparou-se com a chamada: dezenas de mulheres israelenses posam nua em solidarierade à mulher egiícia.

Noel, que é do ramo, foi lá conferir e viu a maior hipocrisia daquelas israelenses nuas, pero no mucho, pois tampam os seios com as mãos e o resto fica atrás da mesa.



Daí, Oswald de Andrade, que está no museu da Língua Portuguesa em São Paulo apressou-se em enviar para o Jacaré outra não nudez:

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.


Como essa turma que frequenta o Jacaré é muito boa, Paulinho da Viola veio cantar Noel que critica a hipocrisia.


O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia

Até dia 10, cada dia aqui virá uma composição de Noel Rosa

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Navegar é preciso com a consciência negra

Adamastor enviou ao Jacaré um cabograma pedindo para publicar que infelizmente o "navegar é preciso, viver não é preciso" não é originário de Fernando Pessoa e sim do cruel general romano que dizimou muitos africanos em sua luta política lá pelos cem AC. Na hora de seu navio partir num temporal Pompeu gritou: navegar é preciso; viver não é preciso!

E em tempo da comemoração da consciência negra, Jacaré vai de Fernando Pessoa agradecendo ao Adamastor a aula:



" Navegar é Preciso - Fernando Pessoa

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça."




Lá veio Dona Ivone Lara cantando o Sorriso Negro

Um sorriso negro, um abraço negro
Traz....felicidade
Negro sem emprego, fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade

..Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
negro é...a solidão

Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino é amor
Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)


Agenda do Jacaré

Dia 10 de dezembro, aniversário de Noel Rosa com a tradiconal caminhada musical e roda de samba choro.



Vamos todos ao preparo começando pela admiração à mulher pelo gago Noel Rosa

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Tem tem pe-pena deste mo-moribundo
Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo
Só só só só por ter so-so-sofri-frido
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu tens um co-coração fi-fi-fingido

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Teu teu co-coração me entregaste
De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste
Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu vais fi-fi-ficar corcunda!

sábado, 19 de novembro de 2011

Ciberespaço é do Jacaré e do Loucura

assim falou a Conferência W3C - Wolrd Wide Web Consortium, realizada no Rio de Janeiro


Representantes do Jacaré e do Loucura participamos no debate, organizado pelo coordenador do evento Vagner Diniz. Lá muito se falou de liberdade, criatividade e internet com Sergio Rosa, pelo Jacaré, Ariadne de Moura, Mônica Barros e Sidimar Marinho pelo Loucura Suburbana e Abel pelo Loucura, Jacaré e Ponto de Cultura.


"Os princípios da W3C: O valor social da Web está nas novas possibilidades de comunicação humana, comércio e compartilhamento de conhecimentos, tornar esses benefícios disponíveis para todas as pessoas, independente do hardware que utilizam, software, infra-estrutura de rede, idioma, cultura, localização geográfica ou capacidade física e mental."





E quem tiver livro a editar, não deixe de consultar a editora da "Escola de Informática e Cidadania Nise da Silveira" coordenada pela Regina Peixoto que também participou de uma mesa específica sobre o trabalho na internet

E o samba rolou com muita animação e alegria no enredo Jung pede passagem para os alquimistas

Mestre sala e Porta bandeira : a pedra a alcançar

Luciano na voz com o Caviuna: a preparação do Opus

Jairo à delegação de Pernambuco: chegada ao nigredo

As jacarenses Sheila e Valéria: do albedo à lua

João Cassino, de São Paulo, com a gauchada: o fogo leva ao rubedo

e e fez-se a pedra filosofal!

Festa! A pedra filosofal está no estandarte e na música

essa festa toda não aconteceria se, além do enredo escrito por Nise da Silveira, no capítulo Psicologia e alquimia do livro Jung - vida e obra, pois é, não aconteceria se não houvesse o Jacaré:
Pardal, Rachel, Sônia, Vera, Jairo...

e a força do Loucura Suburbana simbolizada no passo alegre da Silvana


À saideira com os simpáticos e eficientes garçons

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Hoje Jacaré e Loucura Suburbana enlouquecendo as Conferências

e será a partir da 17:30 horas no Centro de Convenções Sulamérica, Av Paulo de Frontin 1, Cidade Nova - levem cronópios como Raul Seixas. o Maluco Beleza

Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual...

Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real...

Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez...



Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza...

E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir...



Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Eeeeeeeeuu!...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez

Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com toda certeza
Maluco, maluco beleza...



Só para loucos como Herman Hesse

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Amanhã será uma loucura com o Jacaré

Sexta feira, de 17:30 às 20:30

Jacaré nas Conferências de Informática com o Bloco Loucura Suburbana

Av Paulo de Frontin, 1 - Centro de Convenções Sulamérica

Grupo Caviuna com a voz de Luciano Macedo e o ritimo de Abel do Cavaco

Entrada franca

Pois é, nosso Bloco terá a alegria de participar de uma apresentação em parceria com o Loucura Suburbana formado por pacientes, profissionais e amigos do Hospital Psiquiátrico Nise da Silveira



Terminada a apresentação, Jacaré, de malas arrumadas, seguirá para a Kizomba em Rio das Ostras que será em 19 de novembro, dando maior bandeira:



"Pessoal, pela quarta vez consecutiva, estaremos realizando nossa
Kizomba em Rio das Ostras a partir das 13 horas do dia 19/11/2011.
Contamos com a presenca de todos os amigos. Para os que vierem, não
esqueçam a bebida, pois o feijão é por nossa conta.
Preciso de confirmação para saber o quanto de feijão fazer.

Endereco.R. Araruama 97 / centro R. Ostras

Beijos, da sua Mary

Maecela Vasques


Uma poesia consevadora, vitoriasadora e provocadora de Lya Luft

"Perder, Ganhar
Com as perdas, só há um jeito:
Perdê-las.
Com os ganhos,
O proveito é saborear cada um
Como uma fruta de boa estação.

A vida, como um pensamento,
Corre à frente dos relógios.
O ritmo das águas indica o roteiro
E me oferece um papel:
Abrir o coração como uma vela
Ao vento, ou pagar sempre a conta
Já vencida.”



e com Paulinho viola voi là Perder Ou Ganhar

Perdi mas uma vez
Agora quero prosseguir em paz
Tanto que falei, voltei
Mas obrigar jamais
Fazer o que eu fiz
Nem adianta contar
Tudo de bom pra você
Eu desejo porque
Sei perder e ganhar

Felicidade há de voltar para mim
Vou me livrar da tristeza
Com toda certeza
Um dia ela pode ter fim

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Jacaré fala pela internet e precisa continuar pois...

... navegar é preciso e com liberdade num único protocolo



para que não se construa uma Babel como cantou Jamelão




Na internet tem o maior acervo de documentos que a humanidade já conseguiu publicar, reunir e dele fazer uso é hoje também um dos principais ambientes de comunicação da história.

Esse ambiente precisa ser não centralizado e não controlado por qualquer organismo em particular com as informções fluindo livremente.

Livre como a fada, verde ou não, indo em qualquer direção e com Elza Soares e Luiz Melodia na internet agora, oiçam!

Devo de ir, fadas
Inseto voa cego e sem direção
Eu bem te vi, nada
Ou fada borboleta, ou fada canção



As ilusões fartas
A fada com varinha virei condão
Rabo de pipa, olho de vidro
Pra suportar uma costela de Adão

Um toque de sonhar sozinho
Te leva a qualquer direção
De flauta, remo ou moinho
De passo a passo passo...



Jacaré, assim soma-se aos propósitos da Conferência W3C e do CONIP e por isso estará presente em duas atividades especiais para a nação jacarense.

Dia 18, sexta feira, às 15 horas assistindo a apresentação por Ariadne e Regina da "Escola de Informática e Cidadania Nise da Silveira" e do "Bloco Loucura Suburbana".

Dia 18, sexta feira, às 17:30 na apresentação musical do Encerramento Samba e tecnologia com o Bloco Eu sou eu, Jacaré é Bicho D´água.